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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

OPERAÇÃO DESTRÓI CASA DO TRÁFICO

Ação teve o intuito de desarticular a retomada de território controlado por traficantes na Favela do Bambu; barracos eram utilizados para estocar drogas e contrabando











Ainformação que facções criminosas estariam utilizando barracos recentemente desocupados na Favela do Bambu como pontos de estocagem de drogas, contrabando e armamento, levou a Secretaria Municipal de Segurança Pública a desencadear ontem à tarde (13), uma operação de destruição a esses locais. Para o trabalho, equipes da prefeitura deslocaram um trator e dois caminhões utilizados na derrubada das antigas moradias que permaneceram fechadas por pouco tempo após a saída de famílias.


A ação envolveu homens da Guarda Municipal e contou com apoio da Polícia Federal e Força Nacional, no sentido de reforçar a segurança dos trabalhadores e moradores próximos. "Nós tínhamos planejado a operação, mas resolvemos antecipar porque eu estive aqui pela manhã e nosso serviço de inteligência deu conta que eles (criminosos) realmente iriam colocar famílias paraguaias morando nesses locais para garantir esse território. Então, nós nos antecipamos, por isso, a operação foi realizada hoje", conta o secretário Adão Luiz Souza Almeida.


Ainda de acordo com Almeida, a polícia vem monitoramento a região da Favela do Bambu desde a morte de líderes do tráfico que ali atuavam. Com medo da violência e vivenciando confrontos diários, algumas famílias se adiantaram e resolveram mudar para outras regiões, antes mesmo que os projetos habitacionais da prefeitura prosseguissem. "Sabemos que alguns criminosos que controlavam o tráfico aqui na região foram mortos tempos atrás em briga entre facções rivais e a população se sentiu ameaçada, amedrontada com os tiroteios", lembra.


O principal fator que motivou a ação de ontem é a constatação que os barracos abandonados estavam sendo ocupados por paraguaios, visando manter as atividades do tráfico, contrabando e descaminho. "Os paraguaios continuam invadindo o lado de cá porque têm interesse tanto no contrabando, quanto no narcotráfico. A intenção é colocar famílias paraguaias pra morar nessas casas que já foram abandonadas e usar essas casas vazias para armazenamento de contrabando de cigarros e drogas", afirma.


O secretário destacou que, paralelamente ao trabalho de destruição das antigas moradias, está em curso a remoção das famílias residentes na região do Bambu para novos conjuntos habitacionais. As famílias integrarão o Projeto Rio Limpo, coordenado pelo município, que prevê a construção de moradias em novos conjuntos habitacionais, assim como a recuperação da área em degradação ambiental às margens do rio. "Todas as famílias residentes aqui estão cadastradas pela prefeitura no Fozhabita. Vão receber as casas, os apartamentos que serão construídos também os que estão na Favela da Sadia. Nós queremos limpar essa área por se tratar, ainda, de uma área de preservação permanente. Temos a polícia ambiental e os guardas que estão trabalhando neste sentido. O crime ambiental vem ocorrendo há décadas e nós queremos cessar isso", conclui.


Os entulhos de construção acumulados com a derrubada dos barracos foram removidos na sequência pelas equipes da prefeitura.


Monitoramento


Nos últimos meses, a Polícia Federal vem realizando constantes apreensões de drogas e contrabando à beira do Rio Paraná, inclusive nas proximidades da Favela do Bambu, seja durante patrulhamento do Depom (Departamento de Polícia Marítima) ou por meio da Operação Sentinela.


Por diversas vezes, os policiais foram recebidos a tiros pelos criminosos, o que resulta na necessidade de reforço na segurança durante ação como a realizada ontem, que encerrou com tranquilidade. Por meio de investigações, a PF vem monitorando a área e confirma o envolvimento de criminosos do lado paraguaio no uso das moradias abandonadas. "Temos notado desde o final do ano passado que paraguaios estão ocupando as casas desocupadas e fazendo delas locais de guarda de entorpecente e contrabando além de outros crimes relacionados à atuação das polícias Civil e Militar. Recentemente ocorreu um crime na favela ao lado e nessa favela aqui, duas pessoas foram assassinadas. Isso tudo demandou essa ação da prefeitura, e a PF sempre estará apoiando as ações que o município queira fazer nessas regiões", pontua o agente federal Augusto Rodrigues.


Apesar da operação de entrada na área sob disputa territorial do tráfico envolver riscos, a polícia se prepara para responder à ação criminosa, conforme necessário. O agente destaca que "cada vez que a presença do Estado é feita de maneira mais forte, a tendência é uma reação mais drástica". Por outro lado, comenta que a questão social aliada à conscientização são de extrema importância para mudar a realidade da violência. "A insistência do Estado que é governo federal, Estado e Município fazendo esse trabalho, que posteriormente terá uma continuidade no social, é de extrema importância para a fronteira", conclui.


Reportagem Lilian Azevedo JORNAL A GAZETA DO IGUACU DIA 14 DE JANEIRO DE 2011

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