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segunda-feira, 3 de maio de 2010

GUARDA MUNICIPAL DE FOZTRANS FISCALIZAÇÃO CONJUNTA


O Instituto de Transporte e Trânsito de Foz do Iguaçu (Foztrans) e a Guarda Municipal (GM) intensificaram a fiscalização aos mototáxis do Paraguai que, de forma ilegal, levam passageiros de Foz do Iguaçu ao país vizinho. O cerco ao transporte irregular ocasionou o recolhimento de mais de 200 motocicletas paraguaias — nos últimos meses — das ruas da cidade.
A fiscalização ao transporte clandestino de brasileiros feito por veículos estrangeiros é diária nas vias urbanas de Foz. Agentes do Foztrans e da GM, com frequência, flagram motos particulares ou mototáxis de Ciudad del Este carregando passageiros daqui, sem as mínimas condições de segurança. "A situação nos preocupa porque são vidas transportadas, em grande parte dos casos, ilegalmente", comentou o chefe de fiscalização do Foztrans, Fabiano Mayer.
Equipes dos órgãos municipais realizam blitze nas principais vias de Foz, tais como, as avenidas Paraná e JK. A cada abordagem, os agentes vistoriam a documentação dos condutores e das motos e, principalmente, o estado de conservação dos veículos. Nas vistorias, é comum os servidores constarem, entre outras irregularidades, ciclomotores com placas adulteradas, faróis, lanternas e setas quebradas ou queimadas.
A Vila Portes e Jardim Jupira também são locais de grande circulação de motos paraguaias e alvos constantes das barreiras de trânsito. A presença dos transportadores estrangeiros nesses bairros é frequente, devido à proximidade com a Ponte da Amizade, principal ligação terrestre entre Brasil e Paraguai.
Fila de espera
Paraguaios trazem de Ciudad del Este passageiros até Foz, desembarcam os clientes, e na volta ao país deles, disputam os brasileiros com os mototaxistas iguaçuenses, que têm permissão para o serviço e pagam impostos por isso.
Num desrespeito ao Código de Trânsito do Brasil, motociclistas estrangeiros param às margens da BR-277, na cabeceira da Ponte da Amizade, pegam os passageiros e os conduzem até o outro lado da fronteira. Em muitos casos, eles oferecem a corrida por R$ 2, para garantir a clientela.
"É uma concorrência desleal. Os paraguaios vêm pra cá, cometem barbaridades no trânsito e ainda levam os nossos clientes, cobrando bem menos", rechaçou o mototaxista brasileiro J.C.A.
Saída
A Policia Rodoviária Federal (PRF) fiscaliza a BR e obriga os mototaxistas a sairem do local. Quem insiste em permanecer na rodovia, tem o veículo apreendido. O mesmo procedimento é adotado pelo Foztrans e GM, que aplicam a lei municipal, multam os infratores em cerca de R$ 150 e recolhem as motos irregulares.
"Como estas medidas, queremos disciplinar o trânsito do nosso município, com a retirada dos veículos em situação ilegal, e garantir a seguranças de condutores e passageiros", ratificou Mayer.
Apenas na última sexta-feira (30), agentes apreenderam pelo menos dez motos paraguaias na região da ponte. Todas foram guinchadas até o pátio do Foztrans, no centro. Segundo estima o Foztrans, 80% das mais de 300 motocicletas que permanecem na área dos apreendidos, são do Paraguai. "As motos só deixam o pátio mediante o pagamento de multas e demais débitos dos veículos. Mas, muitos proprietários desistem de retirá-las daqui porque o valor das multas equivale ao das motos", disse Mayer, após alertar que o cerco aos clandestinos vai prosseguir.
Geral
Além das motos, carros, vans, ônibus e caminhões do Paraguai e da Argentina com débitos no Brasil estão na mira do Foztrans. Segundo o levantamento feito no ano passado pelo instituto, juntos, os condutores estrangeiros que cometeram infrações de trânsito no território nacional devem perto de R$ 5 milhões em multas.
Se forem identificados durante as blitze, esses veículos serão apreendidos. O órgão de fiscalização só libera os bens aos proprietários após a quitação de todas as dívidas.

Gilberto Vidal jornal a gazeta do Iguaçu dia 03 de maio de 2010

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