As escolas municipais Elói Lohmman e João Paulo II, localizadas respectivamente em Três Lagoas e Parque Presidente, tiveram o mesmo problema no último final de semana: sofreram com a ação de invasores. O prédio do CAPS II, no Morumbi, também teve prejuízos causados por arrombadores. Nas ações, os ladrões levaram aparelho de ar-condicionado, botijões de gás, máquina de xerox e até mesmo uma panela de alumínio. Na primeira investida, a GM conseguiu recuperar os produtos do furto. Na segunda, o ladrão só teve tempo de quebrar uma janela. Já no CAPS II houve maior prejuízo, em que foram levados equipamentos de escritório e até agora nada foi recuperado.
Em comum, os três locais estão equipados com sistema de monitoramento eletrônico, que ajudou a interromper a ação dos bandidos, mas com atraso, de acordo com o diretor da Guarda Municipal, Reginaldo da Silva. "Como tínhamos um sistema via telefone e hoje temos a implantação do sistema VoiP, ainda falta a adequação que não foi feita pela empresa contratada", comenta. Segundo ele, a transição de transmissão criptografada ainda tem atrasado a chegada do pedido de socorro via alarme. "Já entramos com pedido de rescisão de contrato justamente por esses entraves e atrasos na adequação". O diretor refere-se à empresa Belcron, de Brasília, contratada para fazer o serviço de instalação e monitoramento.
O sistema de monitoramento eletrônico, que deve abranger 153 postos entre prédios públicos, saúde, escolas e creches, continua sendo instalado na cidade, mesmo com o atraso na colocação desse dispositivo. A implantação, porém, não eximiu a participação da GM nas patrulhas. "Fazemos um expediente extra, com essas rondas de dia, duas à noite e também dispomos de escalas extraordinárias", comentou o diretor da GM.
O sistema VoiP foi adotado pelo município para agilizar as ligações e promover uma redução de gastos. Silva revela que a redução de custos é bastante eficaz, mas em alguns casos, como a adaptação para monitoramento eletrônico, e muitas vezes nas linhas de emergência disponibilizadas à comunidade, como 153 e 199, o sistema tem apresentado falhas. "Muitas vezes, essas linhas simplesmente não completam, o que obriga as pessoas a utilizar as linhas convencionais da Guarda". Silva revela que muitos casos de cruzamento de linhas já foram reportados à GM. Outro entrave está no recebimento do chamado de alarmes.
Atraso
O contrato firmado com a empresa Belcron previa o fechamento de 2009 com a colocação completa em 180 postos no município. O atraso, porém, provocou prorrogação deste prazo, que ainda deve seguir até fevereiro. A previsão é que o monitoramento eletrônico abranja escolas, creches, postos de saúde, CAPS e outros pontos públicos, ofertando cobertura 100%. De acordo com o representante da empresa na cidade, Gutemberg Cirilo Oliveira, 80% dos prédios públicos já contam com o sistema. Na saúde, faltam apenas 8 a ser instalados, outros 35 locais já contam com o alarme. E nas escolas e creches, dos 82 imóveis, 58 já estão equipados.
Para Oliveira, o atraso na instalação deveu-se a dois pontos principais. O primeiro deles é quanto à quantidade de pontos nos postos ser maior que a prevista. "Estávamos prevendo que seriam 8 pontos e em alguns locais os pontos chegam a 40". A segunda justificativa é quanto ao período de férias escolares e funcionamento até às 14 horas na prefeitura. "No final do ano e no início de 2010 ficou mais complicado, pois em muitos locais não há ninguém que possa abrir os prédios para fazermos a instalação", comenta.
Gutemberg ainda revela que o contrato com o município foi firmado em outubro e somente em novembro obtiveram as assinaturas necessárias para o início das instalações.
O sistema de monitoramente por telefone não é novo no município e já era realidade desde 2004, quando foi implantado pela GM. A contratação dos serviços de uma empresa aconteceu somente em julho de 2009, quando a Belcron venceu o pregão para que o sistema fosse modernizado.
Guardas Municipais
Apesar do sistema eletrônico estar em funcionamento, Oliveira comenta que a presença de guardas e vigias não seria totalmente dispensável em alguns locais. "Há prédios que são muito amplos e abertos e isso deixa mais vulnerável para a ação de bandidos, por isso seria importante manter, além do alarme, a presença de vigias. Assim um ajuda o outro".
Para Silva, o serviço contratado não é 100% eficaz, justamente pela ação quando disparado. "O que contratamos foi uma empresa de vigilância, ou seja, eles podem chegar, mas não podem entrar, precisam avisar à GM, e nós dependemos do sistema, que não está adaptado ainda".
matéria do jornal a gazeta do iguaçu do dia 27/01/2010
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