Integrantes da Guarda Municipal, Polícia Militar, Conselho Tutelar e fiscalização da Secretaria Municipal da Fazenda realizam trabalho integrado aos finais de semana
Somente em setembro, o número de ligações registrando ocorrências de perturbação da paz chegou a 101, registradas pela Polícia Militar. As reclamações, que vão desde a perturbação da paz com som alto, até o consumo de drogas em locais públicos e algazarra, motivaram a criação de uma força-tarefa composta por autoridades policiais de diversas forças que atuam aos finais de semana.
Com a participação de cem policiais e guardas municipais, estão sendo feitos arrastões nos chamados ‘pontos críticos’ da cidade. "Esses pontos não são estabelecidos sem critérios. Fazemos um levantamento dessas ligações e fazemos essa movimentação com as forças policiais", disse o diretor da Guarda Municipal, Reginaldo Silva.
A operação, também chamada de "Patrulha do Som", vem sendo desenvolvida desde a segunda quinzena de outubro, em pontos como postos de gasolina, Gramadão da Vila A, bailões e bares da cidade. A ação, segundo Silva, vem ao encontro de uma reivindicação da população "Estamos atentos às reclamações e demos esta resposta com o arrastão".
A fiscalização acontece sempre no início da noite, período em que há grande quantidade de jovens nas ruas. Silva acredita que, com a chegada do verão, os casos de perturbação tendam a crescer. "As pessoas ficam mais fora de casa e querem se divertir, colocando som alto, mas isso, às vezes, pode perturbar a paz de outras pessoas".
Os locais de ação concentrada não são divulgados por medidas de segurança. Para o comandante da 1ª Companhia da Polícia Militar, Marcos Aparecido de Souza, a operação de acompanhamento é fundamental para detectar os locais. "Estes grupos migram e acabam mudando de lugar, mas a perturbação continua".
Identificados os pontos, é feita uma varredura, não somente com a presença das PM e GM, mas em muitos casos, com a participação de representantes do Conselho Tutelar e setor de Fiscalização da Secretaria Municipal da Fazenda.
Os problemas com ocorrências de perturbação da paz incluem, além de som alto, algazarra e aglomeração. Para o comandante, a principal preocupação está em garantir a ordem nesses locais, mas também verificar a presença de menores nos delitos. "Percebemos que muitos maiores com veículos estão praticando delito e geralmente estão acompanhados de adolescentes".
Outra infração bastante conhecida entre os policiais é o consumo de arguile. "O arguile virou um verdadeiro ‘cachimbo da paz’, as pessoas misturam, inserem outras substâncias e tem sido uma pedra no sapato das autoridades policiais". Para ele, dentro dessas situações, muitos adolescentes têm sido encontrados em situação de risco.
Quando há presença dos menores, o Conselho Tutelar se responsabiliza pelo contato com os pais e penalidades que possam ser acarretadas, se constatado o delito. "Se houver esta constatação, os adolescentes seguem para a delegacia especializada; em outros casos, os pais são chamados ao conselho".
Resultados
Tanto para a GM quanto para a PM, os resultados têm representado ganhos para a comunidade. "Estamos tirando de circulação carros com documentação irregulares, motoristas embriagados, evitando o consumo de drogas e bebidas", comentou o comandante. O alerta, porém, fica quanto à orientação. "Os pais desses menores muitas vezes não sabem em que companhia estão os filhos e são surpreendidos ao ser avisados. O que orientamos é que os pais fiquem atentos e saibam o local que os filhos frequentam".
A abordagem as bares quanto ao funcionamento e de vendedores ambulantes que circulam por esses locais de grande concentração é feita pelo setor de Fiscalização da Secretaria Municipal da Fazenda. "Se os donos dos estabelecimentos facilitam esta infração, por exemplo, também podem ser alvo de inquérito do Ministério Público", comenta Silva.
Diante de cada situação, a abordagem é feita com revista, verificação de documentação (pessoal e veiculo), além de utilização de equipamentos como bafômetro, se necessário. Quem não estiver de acordo, poderá ser encaminhado à delegacia. As punições aos infratores vão desde multa a processos judiciais.
Orientação
Ainda que o arrastão iniba a realização de alguns delitos, a PM orienta para que o diálogo possa servir de ferramenta para evitar atritos. "Quando a algazarra acontece na casa de um vizinho, de pessoa conhecida, quem está incomodado pode fazer este contato amigavelmente. Mas, se não for atendido, tem todo direito de chamar a polícia, caberá a ela resolver ou encaminhar para termo circunstanciado".
daniela valiente jornal a gazeta do iguaçu dia 09 de novenbro de 2010 http://www.gazeta.inf.br/
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