Desde a sua criação até 31 de março deste ano, a Guarda Municipal atendeu a 162.306 ocorrências. Anteriormente autarquia, a GM passou a ser um departamento da Secretaria Municipal de Segurança Pública em 2001. O efetivo, que em 1994 era de 120 homens, hoje é de 287 guardas municipais, além de 191 vigias, três funcionários administrativos e quatro de serviços gerias, além de duas estagiárias, totalizando 487 servidores.
Segundo guarda municipal com mais tempo "de casa", o inspetor Josnei Fagundes Marquardt conta que ele e seus colegas de trabalho começaram atuando principalmente na segurança dos equipamentos públicos municipais, como escolas, creches, praças, postos de saúde. "A maioria das GMs do Brasil tem este início, trabalha dentro de um papel e aos poucos, dentro do contexto de cada município, vão ampliando este trabalho de acordo à necessidade", comentou.
Em sua avaliação, aos poucos estas organizações têm evoluindo em função de uma necessidade, pois somente as polícias do Estado, Civil e Militar, não têm como, isoladamente combater a criminalidade e a violência. "Então, as guardas municipais estão ganhando espaço principalmente no papel preventivo. Interagindo com a comunidade e criando mecanismos de prevenção. Um dado importante é que um grande trabalho das GMs, e em Foz não é diferente, é o trabalho preventivo. Oitenta por cento dos trabalhos da GM não são de cunho policial, mas social. O que reforça o trabalho comunitário".
Pronasci
O trabalho de policiamento comunitário surgiu por meio de uma parceria entre o governo federal e o município, em 2009, com o Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci), que possibilitou à GM de Foz uma estrutura com vistas a este trabalho de prevenção. A ação é multidisciplinar e visa controlar tanto as causas quando os efeitos da violência, com a participação dos órgãos de segurança pública, defesa, social e a comunidade. Por isso, envolve toda a sociedade.
O trabalho iniciado em 2009, que é desenvolvido nas 12 regiões da cidade, conforme o secretário municipal de Segurança Pública, Adão Luiz Almeida, fez com que a corporação saísse da fase de "patrulhamento comunitário", para atingir o policiamento comunitário, que é a integração com todas as forças policiais, todas as secretarias do município e a interação com a comunidade.
"Ninguém melhor que a comunidade para resolver seus próprios problemas. O cidadão sabe os problemas que têm no seu bairro e de forma organizada conversa com os guardas municipais. E aí não é mais patrulhamento, o GM desce da viatura, que passa a ser só um meio de transporte. Patrulhamento é viatura rodando e as pessoas têm sensação de segurança vendo a viatura. Mas isso não é segurança, é apenas sensação. A verdadeira é quando a comunidade pode se manifestar", contextualizou. "O guarda municipal desce da viatura, fala com a pessoa, que conta seus problemas", complementou.
Para ilustrar como é a relação entre os servidores e a comunidade, Almeida cita que muitas vezes um determinado morador reclama sobre segurança, mas ao conversar com ele, perceber-se que há um temor por a iluminação pública não estar adequada, ou um bueiro estar sem tampa e há o medo que uma criança caia. "Todas estas coisas são atendidas", dentro do caráter comunitário e integrador adotado atualmente na cidade.
Em Foz, todas as 12 regiões são atendidas pelo policiamento comunitário, cada equipe — que possui equipamentos como viaturas e motocicletas — tem um coordenador.
Nelson figueira jornal a gazeta do Iguaçu do dia 04 de maio de 2011 www.gazeta.inf.br
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