terça-feira, 15 de março de 2011

Polícia Comunitária chega às 12 regiões de Foz

O projeto Polícia Comunitária, implementado pela Guarda Municipal e Secretaria Municipal de Segurança Pública, já chegou às 12 regiões do município. A proposta começou a ser colocada em prática em agosto do ano passado pelo município e, de lá para cá, conforme avaliação do secretário da pasta, Adão Luiz de Souza Almeida, o objetivo principal do projeto vem sendo aos poucos alcançado: envolver ativamente a comunidade na participação das soluções dos problemas de segurança de cada região.
Para Almeida, o maior desafio do projeto - que depende da participação popular para evoluir - é conscientizar as pessoas, de que todos têm sua parcela de contribuição para fazer a segurança pública. "Ninguém melhor que o morador de um bairro, para saber do que ele precisa. O morador sabe onde estão os pontos vulneráveis, sabe quem é quem. O que está errado, funcionando ou não. Na área de segurança pública, as equipes envolvidas no projeto precisam desse tipo de informação para atuar, aí que entra a habilidade de aproximar os guardas da população", afirma.
Dentre os resultados que o secretário cita como balanço dos primeiros meses de atividades, estão mudanças na rotina de alguns bairros sugeridas a partir de informações coletadas pelas equipes do projeto. "Nas conversas dos guardas com moradores, percebemos, por exemplo, que em algumas localidades, manter a escola fechada nos finais de semana era um problema. Sem ter o que fazer, muitos adolescentes acabam ficando mais expostos à criminalidade e com isso, em reuniões com a comunidade optamos por abrir a escola no fim de semana oferecendo atividades esportivas, recreativas. São soluções simples, que passam por esse envolvimento comunitário", aponta.
A primeira região a receber o projeto Polícia Comunitária foi a Vila C. Em seguida foi a vez dos bairros AKLP, Porto Meira, Vila Carimã, Campos do Iguaçu, Jardim São Paulo, Morumbi e Três Lagoas. "Todas as 12 regiões em que a cidade está dividida já recebe o patrulhamento comunitário, inclusive a área rural", garante. Para cada região, que compreende em média 25 bairros, o patrulhamento é feito por uma viatura e duas motocicletas. Na região central, o número de veículos em circulação é maior devido também a uma área maior a ser percorrida. O trabalho das equipes é apresentado em encontros com a comunidade realizados periodicamente. As principais queixas colhidas pelos GM´s referem-se à perturbação do sossego, problemas com o trânsito e insegurança com a iluminação pública deficitária. "São problemas que podem ser atendidos e, muitas vezes, resolvidos antes que gerem crimes", observa. 

Social

Embora, a característica do projeto tenha sua base na comunidade, há questões que demandam soluções mais abrangentes, especialmente no campo social, como afirma a manicure Cleide Garcia, 32, que reside na região do grande Porto Meira. "Aqui no bairro é um problema sério, os menores, adolescentes, que ficam nas ruas até tarde. Tem locais certos onde eles ficam em grupinhos até altas horas da noite e isso é muito perigoso. Acho que os pais, todos responsáveis deveriam endurecer mais e tentar manter esses jovens dentro de casa", opina.
A dona de casa Sebastiana Pires, 46, divide a mesma opinião. "Se a criança, ou adolescente tem o que fazer durante o dia, cansa bastante, de noite vai querer é dormir e não ficar pela rua. Na minha época era assim, a gente brincava tanto, fazia esporte, que chegava à noite desmaiava na cama", afirma recordando. 

Lilian Azevedo Reportagem jornal a gazeta do iguaçu dia 15 de março de 2011 www.gazeta.inf.br

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