UNIÃO DAS FORÇAS POLICIAIS EM FOZ FAZ DIMINUIR NUMERO DE HOMICIDIOS EM 2010

O número de mortes violentas — homicídios, latrocínios e em confronto entre bandidos e policiais — caiu 3,1% em 2010 em relação ao ano anterior. Os dados, apresentados ontem pela Delegacia de Homicídios, comprovam uma tendência de queda no número destes óbitos iniciada em 2007. A diminuição é atribuída a uma conjuntura, que inclui, além do trabalho das forças policiais, aspectos sociais e econômicos, entre outros.



O balanço foi apresentado na manhã de ontem pelo titular da Delegacia de Homicídios, Marcos Araguari, em uma coletiva à imprensa. Além dos dados gerais, foram demonstradas estatísticas de mortes violentas — com exceção das ocorridas no trânsito — levando-se em consideração parâmetros como: idade, sexo e faixa etária (ver matéria nesta edição).


Curva de queda


Conforme os dados, nos 12 meses de 2010 foram registrados 172 homicídios, quatro latrocínios — roubo e morte — e nove mortes ocorridas em confrontos entre marginais e policiais, totalizando 185 óbitos de forma violenta. Em 2009, coincidentemente, ocorreram também 172 homicídios, além de três casos de latrocínio e 16 mortes em confronto, num total de 191 mortes com violência na cidade.


A curva que aponta para a queda no índice de mortes violentas na cidade fica ainda mais evidente se os números de 2010 forem comparados com os dos sete anos anteriores, com o ano passado sendo o menos violento deste período. Em 2004, foram 260 homicídios na cidade, e no ano seguinte, 256. Nestes, não há dados de óbitos nas demais circunstâncias. Em 2006, ápice dos casos de mortes violentas em Foz, foram 303 homicídios e 25 óbitos em latrocínios e confrontos — totalizando 328 mortes violentas. No comparativo entre 2010 e 2006, a queda neste índice chegou a 43,6%.


Em 2007 foram 272 mortes violentas, sendo 256 homicídios; e em 2008, 220, com 205 homicídios, seguidos dos 191 óbitos nestas circunstâncias em 2009, sendo 172 homicídios.


"Dois mil e seis foi o ápice da violência na cidade. De lá para cá, temos observado esta tendência de queda e acreditamos que não é apenas uma atuação das forças de segurança, como, polícias Civil , Militar, Guarda Municipal e Polícia Federal, mas uma conjuntura que parece ter colaborado para esta diminuição", analisou Araguari.


Especificamente em relação à área policial, o delegado credita a queda aos trabalhos na área de prevenção e de investigação.


"No que diz respeito à prevenção, com certeza (o motivo) é a atuação das polícias ostensivas, da PM e  GM. Em termos de investigação, com certeza a atuação da Delegacia de Homicídios trazendo para os inquéritos policiais a demonstração da autoria destes crimes, e propiciando à Justiça e ao Ministério Público que promovam a responsabilização dos autores. Então, é um conjunto de fatores também em termos policiais", avaliou.

Reportagem Nelson Figueira jornal a gazeta do Iguaçu dia 06 de janeiro de 2011 www.gazeta.inf.br